Tu nos revelas a presença,
e o rosto amoroso do Abba,
que ama e cuida de todos,
dos santos e dos pecadores,
dos puros e dos impuros,
e ao nos experimentarmos,
incondicionalmente, amados,
sentindo a verdadeira alegria,
o teu desejo mais profundo,
é que aprendamos a amar.
Mas a dureza de coração,
o nosso maior empecilho,
é o que impede a conversão
a nossa coerência de vida,
acolher o Evangelho do Amor:
que nos aproxima e nos iguala,
na dignidade dos filhos e filhas,
amados de nosso Pai celestial,
e que nos desafia a assumir,
e, todos os dias, amar, cuidar
e servir a mesa da irmandade.
Dá-nos o dom da memória da fé,
que cura e liberta nossos corações
que, em nossas relações cotidianas,
não deixa cair no esquecimento,
as experiências que já tivemos,
ser ovelha extraviada e resgatada,
ser moeda perdida e encontrada,
e, ao mesmo tempo, da alegria,
de resgatar uma ovelha desgarrada,
de encontrar uma moeda perdida,
um familiar, parceiro ou amigo querido.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 07 de novembro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 14, 15-24).
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