Até quando trataremos dessa maneira nossas irmãs

Hoje meditando a vida à luz do teu Evangelho,
tendo diante do coração as atitudes de Pedro
e daquele outro discípulo que tu tanto amavas,
ao ouviram descrentes a partilha de Madalena,
a primeira testemunha de fé da tua Ressurreição,
e, ao contemplar o dinamismo atual de tua Igreja,
indignado por amor eu te pergunto esperançado:
oh Ressuscitado da morte pelo teu Abba querido,
até quando trataremos dessa maneira nossas irmãs,
até quando mulheres serão vítimas do patriarcalismo?

No horizonte esperançado do ano novo que se aproxima,
que teus discípulos e discípulas saibam o caminho a seguir,
oh Emanuel, Deus sempre estradeiro e junto conosco,
que tenhamos a tua coragem profética de amar até a cruz,
de vivermos confiantes na luz e com a força da Divina Ruah,
de nos convertermos ao Reino da justiça e da irmandade,
de assumirmos diariamente pra valer a tua práxis libertadora,
e, de mãos dadas com os mais pobres, excluídos e sofredores,
concretizarmos a tua Igreja solidária em saída para as periferias,
e adentrarmos juntos no mais profundo de teu Mistério de Amor.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 27 de novembro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (João 20, 2-8).
Foto: Registro de celebração de uma Igreja com rosto amazônico, cada vez mais “amazonizada” em assumido processo de conversão, de enraizamento e de inserção na realidade da Amazônia.

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