
Ficamos a imaginar, João,
o impacto de tua pregação
sobre teus ouvintes atentos:
a necessidade de purificação,
conversão e mudança de vida,
diante da iminência premente
da irrupção do Reino de Deus.
Ficamos a imaginar, João,
aqueles e aquelas sedentos como nós,
de uma Palavra portadora de Força Vital:
atentos, abriram seus corações à Luz,
irradiada de tua profecia do alto,
e, solícitos, acolheram a Força divina,
brotada das palavras de tua boca.
Certamente, como hoje,
muitos não te levaram à sério,
mas outros acolheram o batismo
e não continuaram a mesma vida
uma vida centrada na busca infinda
de ilusória autossatisfação material,
ou de insana e imoral acumulação.
Ficamos a imaginar, João,
tua incontável alegria interior
ao discernir a profecia se realizar:
primeiro, ao batizar teu primo Jesus,
e perceber a presença inefável de Deus,
e, depois, ao saber por teus discípulos,
que Jesus estava batizando também.
Ficamos a imaginar, João,
a clareza com que assumiste
a missão profética de precursor,
ao saber que Jesus iniciou a missão,
tu testemunhaste aos teus discípulos:
“Esta é a minha alegria e ficou completa.
É necessário que ele cresça e eu diminua!”
Ao contemplar a tua vida, João,
e a realização de tua profecia do alto,
pedimos a Deus o dom da tua sabedoria,
sermos fiéis precursores do caminho de Jesus
nos alegrarmos plenamente e nos recolhermos
ao discernirmos presente e atuante entre nós,
o dinamismo libertador do Reino de Deus hoje.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 3, 22-30).
Seja o primeiro a comentar