
Por conhecer-te de perto,
como profeta da periferia,
o filho de Nossa Senhora,
do carpinteiro pobre José,
e que anunciou para os pobres,
a Boa Nova de Deus nosso Pai,
Evangelho de amor exigente,
e que a nós todos irmana,
numa ciranda que instaura,
igual dignidade pra todos,
pois na graça de sermos amados,
de sermos filhos e filhas
do Abba querido do Céu,
publicamente aqui eu confesso,
que sempre tive dificuldade,
de reconhecer esse título de Rei.
Isso porque todos sabemos,
que os reis deste mundo,
sempre submetem e dominam,
também exploram e subjugam,
pobres e vulneráveis do povo,
da plebe se acham superiores.
E também porque é visível,
a tua postura tão diferente,
que, ao contrário dos nobres,
faz a opção pelos pobres,
dos sem lugar pra dormir,
dos que são desprezados,
e considerados sem valor.
Teu reino é bem diferente,
não é como estes do mundo,
fundado no poder-dominação,
de alguns sobre todos demais.
É o reino da vontade do Pai,
que nos ama como seus filhos,
e funda a mesa da irmandade,
pois quer liberdade pra todos,
e que forja a paz da justiça,
que cuida dos sofredores,
e inclui os marginalizados,
na comunhão entre iguais,
pois somos todos amados,
chamados a amar e servir.
Viva Jesus, Rei do universo,
Rei que nos abriu o caminho,
do cultivo do poder-servidor
que se move na graça do amor.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 24 de novembro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 18, 33-37).
Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo.
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