Não escondeste de teus discípulos,
a tua fé, vivida de forma tão intensa,
o que alimentava a tua liberdade,
o que te abastecia a chama interior,
o que dava sentido maior ao teu viver:
na tua oração experimentava sempre contigo
a presença amorosa e decisiva do teu Abba querido.
Sim, a tua oração, Senhor Jesus,
revelou aos teus discípulos o Deus estradeiro,
sempre presente nas lutas, no dinamismo da história,
aguçou o desejo do Reino da fraternidade,
despertou um profundo anseio de participação,
deu acesso ao projeto salvífico universal do Pai,
quiseram, então, aprender com a tua experiência:
sentir a presença amorosa e decisiva do teu Abba querido.
Hoje, depois de tanto tempo, Senhor Jesus,
a tua fé, a tua oração, a tua liberdade profética,
continuam a despertar interesse neste discípulo:
a açular a minha sede interior, meu desejo de amar,
a despertar a minha fome do Reino da justiça.
No entanto, não me basta rezar o Pai Nosso
proclamado tantas vezes de uma forma distante:
ensina-me, quero aprender contigo a sentir
a presença amorosa e decisiva do nosso Abba querido.
Amém!
Belo Horizonte, 06 de outubro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 11, 1-4).
Que beleza! O “Deus estradeiro” me traz a memória querida de Pe Juvenal. Em seu livro “Estradeiro” ele nos fala de nós. E, Edward, neste seu belo poema somos levados a perceber “estradando” conosco o Deus que se fez pequeno, que se fez um de nós! Fratern’abraço!
Obrigado, querido Washington, pelo retorno carinhoso. Sua presença em minha vida muito me alegra. Acolha minha prece de gratidão e minha amizade.