Não é nada fácil ser teu discípulo,
oh Mestre do Caminho,
romper com padrões dominantes,
colocar Deus como o único absoluto,
assumir pra valer o Reino da liberdade,
e, na lógica do amar, servir e compartilhar,
ajudar a construir a sociedade justa e fratersororal.
Há incompreensão de familiares,
oh Profeta rejeitado e crucificado,
amigos chegam a dizer que ficamos loucos,
outros dizem que, na verdade, estamos fora de nós,
que, se Deus ajudar, rapidamente, tudo isso vai passar,
e que tudo vai ser como antes, pois, a vida voltará ao normal.
Consola saber que tu viveste isso,
oh Profeta do Reino de Deus,
que a tua parentela não teve compreensão,
de tua ruptura com as ideologias dominantes,
de tua misericórdia solícita com os pobres e sofredores
de tua liberdade libertada fiel ao projeto salvífico de Deus.
Que teus discípulos e discípulas de hoje,
oh Mestre estradeiro e sempre conosco,
tenham a luz da Divina Ruah no discernimento,
a tua força profética nas opções decisivas necessárias,
a tua compaixão solidária com os pobres, excluídos e sofredores
e a tua entrega fiel ao Reino da justiça, da misericórdia e da fratersororidade.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 22 de janeiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 3, 20-21).
Foto: Pedro Casaldáliga celebra a Eucaristia com os pobres e excluídos.
Seja o primeiro a comentar