Como é bonito te ouvir,
oh Mulher peregrina na fé,
tu que és tão reverenciada,
mas, como todas as mulheres
em perverso contexto patriarcal,
tu és tão silenciada também.
É muito bonito te ouvir,
falar com intimidade de Deus:
que tua alma O engrandece,
que teu espírito se alegra
em Deus, o teu salvador!
Como é bonito te ouvir,
oh Profetiza da libertação,
com toda a coragem liberta,
que Deus fica ao lado dos pobres
aos soberbos, Ele dispersa,
aos poderosos, Ele derruba do trono,
aos ricos, Ele despede de mãos vazias,
e para realizar a esperada justiça divina
e instaurar Reino da fratersororidade,
onde ninguém domina ninguém
ninguém é mais que outro:
Deus eleva os humildes
e enche de bens os famintos!
Que nestes tempos tão difíceis,
oh Mãe da Esperança,
a tua fé no Deus da justiça,
da misericórdia transformadora,
cujo Reino é de fratersororidade,
proteja com o manto da graça divina
os filhos desamparados e abandonados:
os filhos famintos e desempregados,
os filhos indígenas e quilombolas,
os filhos pobres, oprimidos e favelados,
os filhos encarcerados e indesejados,
os filhos descartados e invisibilizados…
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 22 de dezembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 1, 46-56).
Amém