O dinamismo libertador do Reino,
oh Mestre do Caminho,
é portador contagiante de tua paz inquieta,
que desafia a teus discípulos e discípulas
a buscar “outros caminhos” de vida nova,
e tu ainda colocas “lenha na fogueira”
ao provocar discernimento e decisão:
“Vamos para a outra margem!”
Os barcos de teus discípulos e discípulas,
barcos frágeis que concretizam a tua Igreja,
oh Profeta do reinado de Deus,
ainda que cientes de tua presença conosco,
sentem-se ameaçados por fortes ventanias,
e o mar agitado coloca muitas vidas em risco.
Por que, em momento de tamanha agonia,
estás tão tranquilo? Parece não se importar.
Então, tu acalmas aquela tempestade do mar,
e do seio da calmaria lanças esta interpelação:
“Por que sois tão medrosos, ainda não tendes fé?”
Que os barcos de teus discípulos e discípulas de hoje,
interpelados pela força profética de tua Palavra,
vençam o medo das tempestades, das ondas do mar,
e se lancem, com fé e coragem, rumo a outras margens,
a de uma Igreja sinodal em saída para todas as periferias!
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 4, 35-41).
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