Não é nada fácil nos libertarmos,
e sermos verdadeiramente livres,
livres para amar, cuidar e servir:
não é essa a autêntica liberdade?
Então, como nos libertar, meu Deus,
das opressões sempre presentes,
em cada cultura, sociedade e religião,
que nos oferece identidade e pertença?
Tu nos ofereces a luz de tua vida doada,
a tua fé no Abba querido que liberta,
a tua liberdade plena de amar e servir,
a tua fidelidade ao Reino até a cruz.
A profecia do Reino de Deus presente,
como dinamismo libertador entre nós,
e como alicerce da mesa da irmandade,
revela que, com o Pai Nosso, é possível,
a libertação de toda forma de opressão.
Sim, com Deus, é possível na história,
uma cultura do encontro e do diálogo,
com escuta aprendiz e respeito mútuo;
sim, uma outra sociedade é possível,
firmada em uma justiça fratersororal,
e na garantia de vida digna pra todos,
sem pobres e sofredores abandonados;
sim, por amor, outra religião é possível,
que seja fonte de amor e de libertação,
na qual todo poder se torna um serviço,
e todo preceito é para cada um ser mais.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 16 de Janeiro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 2, 23-28).
Imagem: Registro da Pastoral da Criança de Zilda Arns, que, como Jesus, passou pela vida fazendo o bem e cuidando das pessoas sofredoras
Seja o primeiro a comentar