Tu me revelas o mistério do Reino

Greenpeace activists protest in front of the Brazilian Congress, demanding an official response and the end of impunity on murders and violence in the field. 251 crosses were taken to the Congress, standing for the 251 murders in the Amazon from 2007 to 2016. Valdelir João de Souza, the "Polish", is the owner of Cedroarana and G.A. sawmills and the responsible for the forest management plan next to where the Colniza Massacre happened. He's currently a fugitive from justice, but his sawmills keep shipping timber internally and for other countries. In the same day of the massacre, timber was sent to Europe and to the United States. The Blood-stained Timber report, launched by Greenpeace, shows how fraud in licensing (authorizing logging from protected areas) and production chain monitoring systems (identifying the companies that buy and sell timber from the forest to end users) further increase violence in the field. Ativistas do Greenpeace fazem um protesto diante do Congresso Nacional, cobrando medidas das autoridades e o fim da impunidade para crimes no campo. 251 cruzes foram levadas ao Congresso, simbolizando os 251 assassinatos ocorridos na Amazônia de 2007 a 2016. Valdelir João de Souza, o “Polaco”, é proprietário das empresas Madeireira Cedroarana e G.A. Madeiras e responsável pelo plano de manejo florestal localizado ao lado do local da Chacina de Colniza. Ele está foragido, mas suas madeireiras continuam funcionando normalmente desde os assassinatos, enviando madeira para venda no Brasil e no exterior. No dia do massacre, madeira foi enviada para a Europa e para os Estados Unidos. O relatório Madeira Manchada de Sangue, lançado pelo Greenpeace, mostra como fraudes nos sistemas de licenciamento (que autoriza a colheita de madeira de áreas regulamentadas por planos de manejo florestal) e de monitoramento da cadeia de produção (que garante a identificação das empresas que compram e vendem madeira desde a floresta até o consumidor final) ali

Tu me revelas o mistério do Reino,
oh Profeta do agir libertador divino,
presente e atuante em nossa história,
mas cuja soberania só a Deus pertence
e, ainda que conte com nossos serviços,
sobre o Reino não temos qualquer controle.

Quando o pessimismo toma conta da gente,
quando o cansaço persistente bate na porta,
e me deixo convencer por nossa pequenez,
e pela fragilidade dos pobres e oprimidos,
oh Profeta do reinado de Deus,
tu me revelas a força escondida da Ruah divina,
que, sem depender de nós, faz o Reino crescer,
sustenta a sua autonomia no processo histórico,
e alimenta o seu dinamismo profético libertador.

Que a tua Igreja avance na sinodalidade,
oh Mestre do Caminho,
e por concretizar justiça e fratersororidade,
seja sacramento do Reino presente no mundo.
Que os seguidores e seguidoras do teu Caminho,
cultivem a tua fé e intimidade com o Abba querido,
como Maria, confiem na luz e na força da divina Ruah,
e, como os pobres, sintam a tua presença estradeira conosco!

Belo Horizonte, 28 de janeiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 4, 26-34).
Foto: Registro das manifestações dos povos originários contra o assassinato de lideranças indígenas no Brasil.

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