Como é triste, Senhor,
contemplar pelo caminho,
pessoas que se tornaram mesquinhas,
apequenadas por uma vil arrogância,
acomodadas em míope autossuficiência,
pessoas frias, implacáveis no julgamento alheio,
acostumadas na medida do toma lá, dá cá…
Elas perdem o dinamismo e a leveza de amar,
que ciente dos altos e baixos da vida,
de nossas titubeantes inconstâncias,
experimentam grande alegria
diante de cada esforço incipiente,
do avanço de um pequeno passo,
da conquista de uma etapa.
Oh Mestre do Caminho,
eu quero a tua alegria,
que brota intensa e pura
do mais profundo do ser,
alegria que rima com empatia,
com misericórdia fraterna-sororal,
aguardada no fogo purificador da paciência,
na penumbra da esperança imortal
da fé teimosa de cada dia
no respeito reverente ao tempo de cada um
diante do mistério da vida que renasce
atraída pela bruxuleante chama do teu Amor.
Belo Horizonte, 04 de novembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 15, 1-10).
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