Para ser teu discípulo,
oh Mestre o caminho,
importa ter muito claro
a decisão a ser tomada
e a renúncia aí implicada
de conversão a Deus diária:
não se colocar no centro,
mas a dinâmica do Reino.
Sim, para ser teu discípulo,
oh Profeta da fraternidade,
importa acolher de coração
o projeto de salvação universal,
transformar-se pela fé no Abba,
irmanar-se nas lutas dos pobres,
defender o direito dos indefesos,
libertar as correntes dos cativos
e assumir a consciência planetária
da única e mesma humanidade.
Tu caminhas a minha frente,
e me permites contemplar, aprender:
com a tua pedagogia do exemplo,
os vínculos implicativos decisivos
entre ter autoridade e ser coerente
e o teu processo educativo que liberta:
romper com as lógicas do egoísmo,
dos privilégios de grupos fechados,
dar atenção a quem está à margem,
cuidar da escuta mútua aprendiz,
apostar nos caminhos do diálogo,
na dinâmica corresponsável participativa,
e na busca teimosa de caminhar junto.
Belo Horizonte, 03 de novembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 14, 25-33).
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