Ao nos revelar o rosto amoroso do Abba querido,
a beleza contagiante de seu projeto salvífico universal,
e o dinamismo libertador do Reino atuante entre nós,
teus ensinamentos nos provocaram e continuam a provocar,
exigiram e continuam a exigir profunda postura de conversão.
Presos a uma leitura fossilizada de suas tradições,
e reféns de seus interesses e privilégios históricos,
muitos entre teus interlocutores não o escutaram,
não perceberam que tu irradiavas uma luz divinal,
e não reconheceram nem se abriram à tua profecia.
Mesmo diante de uma postura de fechamento,
tu não arredaste os pés de tua missão assumida,
revelar-nos a presença amorosa atuante de Deus,
mostrar-nos que somos filhos e filhas amados,
e anunciar-nos o Evangelho do amor e da justiça.
Tu és, Jesus, a Palavra Viva que nos vivifica,
Palavra enviada por graça e puro amor divino,
Palavra iluminada que nos cura e nos purifica,
Palavra profética que nos interpela à vida nova,
Palavra Viva nos liberta para amar, cuidar e servir.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 21 de março de 2024.
Poema provocado pelo Evangelho (Jo 8, 48-59).
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