Teus mandamentos, ó Pai celestial

Foto: Horta comunitária Agrofavela Refazenda, que cuida e faz chegar alimentos na mesa dos mais pobres e, com voluntários, ensina a gerar renda.
Foto: Horta comunitária Agrofavela Refazenda, que cuida e faz chegar alimentos na mesa dos mais pobres e, com voluntários, ensina a gerar renda.

Como nos mostraram teus profetas,
e, de forma plena, teu Filho querido,
que, por puro amor, tu nos enviaste,
para nos ensinar o caminho até ti,
o que verdadeiramente te agrada,
não são holocaustos ou sacrifícios,
mas o ser e agir como um filho teu,
e, desde os mais pobres e sofredores,
entregar-se ao amar, cuidar e servir.

Teus mandamentos, ó Pai celestial,
de forma alguma nos são abusivos,
pois eles não promovem a servidão,
não nos aliena, infantiliza, amedronta.
Quando os cultivamos, com fé e alegria,
e, com firmeza, nos entregamos ao amar,
sim, ao amar e servir a ti e ao próximo,
da mesma forma que fazemos conosco,
o teu reinado se concretiza em nosso meio.

Sim, teus mandamentos nos libertam
das vanglórias que nos desumanizam:
a ilusão da arrogância, da acumulação,
da autossuficiência e do individualismo.
Eles provocam a experiência decisiva
de teu Amor incondicional por todos nós,
amor que nos faz teus filhos e filhas,
amor que nos desafia ao amor partilha,
ao bem cuidar da mesa da irmandade
e da Mãe Terra, a nossa Casa comum.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 28 de março de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 12, 28-34).

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