“Não matarás;
não cometerás adultério;
não roubarás;
não levantarás falso testemunho;
não prejudicarás ninguém;
honra teu pai e tua mãe…”
Saber o que devo fazer, e fazer, é passo importante,
no desafio cotidiano de conquistar a vida autêntica,
mas isso não me basta, Mestre do caminho, tu sabes disso:
dentro de mim, e com intensidade, há uma sede insaciável,
bem visível nesta pessoa que de ti se aproximou confiante,
certa de encontrar a fonte para o sentido pleno de viver.
O teu olhar de amor me revela o teu caminho
sim, Mestre do caminho, há um jeito de encontrar:
é seguir-te, desde agora, no amar e no servir!
Mas este caminho libertador é íngreme e exigente
muitos temem trilhá-lo e, com tristeza, voltam atrás.
Entretanto, mesmo diante de tua oceânica tristeza
não me escondes a beleza da gratuidade do amor do Pai.
Quando contemplo o jeito de viver de teus discípulos
os que trilharam, entre nós, o teu caminho libertador
Adelaide, Casaldáliga, Dorothy Stang e Helder Câmara,
Dulce, Luciano, Josimo e os irmãos Paulo e Zilda Arns… –
a porta estreita de entrada no Reino fica tão lúcida:
é preciso vencer a insegurança presente em toda entrega;
é fundamental cultivar o desapego e não acumular bens;
é decisivo acreditar na lógica da partilha com os pobres;
é estruturante praticar a justiça e participar das lutas;
é imprescindível experimentar a alegria do Evangelho.
Belo Horizonte, 10 de outubro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 10, 17-30).
Muito edificantes os poemas com suproposta de reflexão. Gratidão, professor Edward.
Mais uma vez, obrigado, por seu carinho.
Obrigado professor por tanta clarividade nas palavras.