Não é tarefa fácil
nem superficial,
oh Mestre do Caminho,
acolher o Reino da fraternidade:
importa experimentar a tua liberdade,
mergulhar na intensidade do Amor do Abba,
e, como o barro entregue às mãos do oleiro,
deixar que o Amor dê outra forma ao coração
para sentir aquela sede insaciável de amar e servir.
Tu deixas claro por tua vida,
oh Profeta do Reino da justiça,
por tua fidelidade até o fim, até a cruz
que não há salvação sem amor solidário
que não há ressurreição sem entrega confiante:
sem a conversão diária a Deus,
sem o dar as mãos para as lutas decisivas,
sem o acolher e incluir os pobres à mesa,
os aleijados, os coxos e os cegos…
são todos meus irmãos e teus amados.
Ciente de minhas tantas fraquezas,
pois, conheces um a um os teus discípulos,
sopraste sobre mim a luz e a força da Ruah divina
e, pela graça do batismo,
entre os muitos dons,
além da fé e da esperança teimosa,
do enraizar a minha vida em Ti,
Tu me deste os dons da fortaleza,
da inteligência política,
e da criatividade solidária:
eu quero amar como Tu amaste
e me colocar a serviço do Reino.
Belo Horizonte, 01 de novembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 14, 12-14).
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