Entre os grandes desafios da condição humana,
oh Filho do Homem enviado por Deus até nós,
está o da conversão diária ao amar e ao servir:
que exige esmerado cultivo da humildade aprendiz,
da busca da verdade pelo respeito mútuo e o diálogo,
da fé peregrina no Deus estradeiro sempre conosco,
da esperança teimosa na justiça e na ética do cuidado,
e da resistência dos pobres cientes da árdua caminhada.
Como outrora alguns mestres da Lei e fariseus,
oh Profeta do reinado da justiça e da irmandade,
hoje, muitos entre os teus discípulos e discípulas,
assumem postura de fechamento ou de indiferença,
ao grito da Casa comum e dos pobres e oprimidos,
aos apelos da tua graça e dos sinais deste tempo,
se deixando arrastar pelas tentações da arrogância,
da hipocrisia religiosa e política, na Igreja e na sociedade.
Que a tua práxis libertadora da justiça do Reino,
bem maior que a sabedoria de Salomão e de Jonas,
oh Profeta do amor libertador de Deus por nós,
fecunde os olhos e os corações de teus discípulos,
para que concretizem, hoje, a tua Igreja Sinodal,
em saída missionária para as todas as periferias,
periferias existenciais, culturais e socioambientais,
sacramento vivo do reinado de Deus na história.
Edward Guimarães
Belo Horizonte,18 de julho de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mateus 12, 38-42).
Foto: Três fotos de pastores profetas de uma Igreja sinal do Reino da justiça e da irmandade desde os pobres e vuleráveis.
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