
Tu nos ensinas,
com a sabedoria
que vem do alto,
a vencer as ilusões
e a nos vigiar
para não cairmos
quando em tentação.
Tu nos alertas,
com tuas parábolas,
sobre a ânsia de poder
perversa e diabólica,
que desperta em nós
a sede de vanglória,
e nos leva a cultivar
o gosto por pedestais,
posturas arrogantes,
e a facilmente nos iludir
com falsas presunções,
seja de superioridade,
seja de autossuficiência.
Sim, há mentalidades,
insanas e egoístas,
por demais arriscadas,
que nos levam a pecar
contra o céu e os irmãos,
pois, elas nos impedem
de cultivar a humildade,
e a alegria assentarmos
à mesa da irmandade,
elas açulam nosso desejo
de ter e cada vez mais,
e nos tornam indiferentes
ao sofrimento que causamos
a muitos de nossos irmãos,
pobres e marginalizados,
e à Terra, nossa Casa comum.
Dá-nos, Senhor Jesus,
confiantes, hoje, te pedimos,
o dom da humildade solícita,
que não humilha ninguém,
e da alegria divina brotada,
qual água que nasce da rocha,
da misericórdia e partilha generosa,
da prática da justa medida inclusiva,
e do cultivo do amar, cuidar e servir.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 29 de março de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 18, 9-14).
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