Será que não é “muita areia pro meu caminhão”?

A proposta do teu Evangelho é que todos, ao experimentarem-se amados pelo Pai, cultivem o amor aos irmãos. Registro de d. Adélia cultivando amor na Pastoral de Rua em BH.

Desde quando eu me encantei,
com a proposta do teu Evangelho,
ó Jesus, mestre e pedagogo da fé,
me identifiquei com Simão Pedro,
o seu chamado e trajetória de vida,
a sua teimosia, entrega e firmeza,
seu medo, negação e conversão,
pelo seu testemunho de discípulo,
que se lapidou ao longo do caminho,
que se deixou transformar por dentro,
até se entregar, assim completamente,
ao anúncio e testemunho do Reino,
e se tornar este firme pilar de tua Igreja.
 
Talvez o fascínio que sinto por Pedro,
seja porque eu me julgo tão imperfeito,
para acolher, com firmeza, o teu chamado,
ou porque eu me sinto tão despreparado,
para assumir e participar de tua missão.
Vejo tantos irmãos e irmãs mais aptos que eu,
será que não é “muita areia pro meu caminhão?”,
mas ao pensar me declinar de tua proposta de amor,
as tuas perguntas recorrentes a Simão Pedro,
“Simão, filho de João, tu me amas?, ecoam em mim, 
e me dão clareza de que esse projeto é do Pai,
que, por amor a nós, te enviou como Caminho,
que Tu será sempre Emanuel, estradeiro conosco,
e que, junto do Pai, Tu nos envia teu Sopro de Amor,
e é na Luz e na Força do Alto em meu ser, que eu digo:
“Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo!”

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 17 de maio de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 21, 15-19)

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