Um desafio cotidiano,
entrega e aplicação,
itinerância teimosa,
inquietude contínua,
êxodo de si mesmo,
como sístole e diátole,
e respiração singular:
é reflexão e inflexão,
outra vez, novamente,
incansável perscrutação,
perante o mais sagrado,
cada rosto, cada sonho,
de vidas em construção,
com projetos de futuro,
tateantes e inseguros,
de sujeitos aprendizes,
sim, autoconstrutores,
que pedem educadores,
com respeito profundo,
silêncio cúmplice, fecundo,
e contumaz esperança,
capaz de doar-se no que dá.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 15 de outubro de 2024.
Imagem: Cena do filme Sociedade dos poetas mortos, um filme que foi decisivo em meu discernimento e no ser decididamente um professor inspirado em muitos de meus professores.
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