Quando nós te escutamos,
com postura de discípulos,
as tuas palavras proféticas,
nos provocam e desafiam,
a sermos como o nosso Pai.
Sacode, ó Profeta do Reino,
este nosso cristianismo morno,
sem conversão e sem fidelidade,
ao projeto salvífico do Abba querido,
ao compromisso com o nosso batismo,
e ao cultivo cotidiano da vida nova.
É tão difícil, ó Mestre do Caminho,
amarmos os nossos inimigos,
fazermos o bem aos nos odeiam,
bendizermos a quem nos amaldiçoam,
rezarmos pelos que nos caluniam,
darmos a outra face a quem nos agride,
aos que nos roubam o manto,
ceder a ele também a túnica,
doarmos a quem nos solicita,
aos que nos pedir emprestado,
não pedirmos que nos devolvam,
e fazermos, ao nosso próximo,
o que desejamos que nos façam.
Tu sabes que é quase impossível,
somente com as nossas forças,
vivermos como filhos do Altíssimo,
nós sermos bons para com todos,
inclusive com os ingratos e maus,
sermos misericordiosos como o Pai,
não julgarmos e nem condenarmos,
mas perdoarmos os irmãos e irmãs.
Dá-nos, então, o teu Sopro de Amor,
para que com a luz e força da Ruah,
sejamos coerentes com o Evangelho,
e prismas do Amor e da Misericórdia,
que recebemos de nosso Abba querido.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 12 de setembro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 6, 27-38).
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