Que experiência profunda tiveram teus discípulos e discípulas,
oh Profeta da Galileia, fiel até as últimas consequências da cruz,
puderam conviver contigo e testemunhar a tua práxis libertadora,
escutar as tuas provocativas parábolas do Reino de Deus presente,
testemunhar teus conflitos em flanco aberto com os sumos sacerdotes,
com os doutores da lei, fariseus, romanos, herodianos e saduceus,
a tua fidelidade ao projeto salvífico universal do teu Abba querido,
e o assumir, confiante, as consequências de tua postura profética.
Tu foste ressuscitado da morte pelo Deus da vida e fiel da Aliança,
Tu nos ofereces do dom de tua paz inquieta que queima nosso egoísmo,
E que nos compromete com a defesa incondicional da dignidade da vida,
com o anúncio-testemunho do Reino da paz que brota da justiça social,
com os desafios da Vida Nova, fundada na busca diária da fratersororidade,
com a edificação de uma Igreja samaritana que seja sacramento do Reino,
com a construção de uma sociedade sem a violência da exclusão e da miséria,
com a práxis do amar e servir de mãos dadas com os pobres e os sofredores.
Eu quero do dom de tua paz inquieta, oh Ressuscitado do Abba querido,
Tu que és fonte de vida nova e de fé na caminhada do Reino presente,
da partilha da vida e dos bens com nossos irmãos pobres e vulneráveis.
Que teus discípulos e discípulas hoje sejam capazes da fé confiante de Tomé,
fé caminhante que supera toda forma de desconfiança na presença de Deus!
Belo Horizonte, 24 de abril de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (João 24, 19-31).
Seja o primeiro a comentar