
Cultivarmos o mandamento
que tu nos confiaste,
assumindo como desafio,
e como prática cotidiana,
o amarmos uns aos outros,
assim como tu nos amaste:
eis a missão mais decisiva,
que deste aos discípulos,
porque ela nos oferece
o critério de autenticidade,
no irradiar da graça divina,
de sermos filhos amados do Pai.
E mesmo reconhecendo,
com grande gratidão ao Pai,
a beleza de tua vida doada,
e que não há amor maior,
do que o dar a própria vida,
por amor aos irmãos e irmãs,
ó Jesus, nosso Mestre fiel
e ensinador do caminho,
criamos “vida cristã hipócrita”,
e um cristianismo ritualístico,
e tantas vezes incoerente,
sem conversão e compromisso,
com teu mandamento do amor.
Queremos te pedir teu perdão,
pois, como discípulos te traímos,
ao nem sempre tomamos a sério,
e muitas vezes relativizarmos,
ou deixarmos se tornar banal,
esta lucidez que tua vida doada
nos oferece da imensa seriedade,
e também da beleza incomensurável,
do projeto salvífico do Pai celestial,
e do árduo e íngreme caminho,
que todos nós precisamos trilhar.
Renovamos então nossa prece,
para que nos envie, novamente,
a luz e a força do Espírito Santo,
Sopro divino de Amor libertador.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 23 de maio de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 15, 12-17):
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.
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