Que, como João, o batista da conversão, eu saiba…

Tu és o grande Criador da vida,
e nela se deixa experimentar.
Tu és o Deus sempre pertinho
que escuta a prece dos pobres.
Por puro Amor, tu sempre vens,
sim, tu vens ao nosso encontro,
pois, tu queres celebrar Aliança.

Tu sempre ages para nos libertar,
no invisível dinamismo da história.
Tu sustentas a autonomia humana,
e, por ela, interpela e responsabiliza
teus filhos e filhas, sempre amados,
para que cuidem e libertem os oprimidos:
teu Reino é de justiça, liberdade e fraternidade.

Que, como João, o batista da conversão,
oh Abba querido, Deus estradeiro
e sempre Emanuel conosco,
eu saiba… discernir os teus sinais,
e escutar o advento de tua Palavra,
que nos é dirigida no hoje da história.
Que eu saiba… me converter,
aos teus apelos de amor
e, profeticamente, me colocar
a serviço do caminho de salvação,
suscitado com tua chegada,
no meio dos pobres.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 05 de dezembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 3, 1-6).