Por que é tão difícil, Senhor Jesus,
para tantos cristãos acolherem a missão,
reconhecerem o caminho que tu trilhaste,
com fidelidade até as consequências da cruz,
e se converterem a fé no Abba que nos irmana?
Por que tantos cristãos, Senhor Jesus,
insistem na vivência ritualista e intimista da fé,
sem compromissos ético-humanistas com a justiça,
com o cultivo da fratersororidade que cuida dos excluídos,
e da busca de vida em abundância para todos os irmãos e irmãs?
Por que tantos cristãos, Senhor Jesus,
não escutam as tuas denúncias proféticas,
não reconhecem a tua voz que chama à conversão,
criticam os que lutam por vida em abundância para todos,
e insistem num cristianismo tão morno e convencional?
Estas resistências que tantos cristãos têm hoje,
em se converterem ao exigente amor fratersororal,
acontecem por causa dos graves pecados estruturais,
pela globalização dessa abjeta cultura da indiferença social
e pelo individualismo egoísta atualmente ter se tornado banal?
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 9 de maio de 2022.
Poema provocado pelo Evangelho (João 10, 1-10).
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