Tua sabedoria e agir profético nos ensinam,
oh Mestre dos caminhos que nos libertam,
critérios decisivos para nosso discernimento,
para nos cuidarmos ante o que nos escraviza,
para não praticarmos a manipulação religiosa,
e ante do veneno diabólico da hipocrisia religiosa,
zelarmos pelo espírito profético da religião autêntica.
Certos fariseus e também mestres da lei de seu tempo,
como muitos hierarcas hoje no interior de tua Igreja,
dão mais valor ao culto da exterioridade e da aparência,
que o empenho e zelo na fidelidade ao projeto de Deus;
ao cumprimento milimétrico de certas rubricas litúrgicas,
e ao uso de paramentos sem estética e ética evangélicas,
e, infelizmente, muito dissonante da vida simples do povo,
que a busca diária esmerada de fidelidade ao Evangelho,
do não deixar cair a profecia do Reino de Deus presente,
e do compromisso com a lógica do amar, cuidar e servir.
Dai-nos, Jesus, o dom profético de tua fidelidade a Deus,
do experimentar a instigante presença amorosa do Abba,
da tua liberdade criativa de amar e praticar a justiça divina,
de acolher com misericórdia e testemunhar a beleza da vida nova.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 6 de fevereiro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 7, 1-13).
Imagem: Registro de Igreja principesca distante da estética e da ética evangélicas e da vida do povo.
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