O perigo do fermento dos fariseus e de Herodes

Muitas vezes e de diferentes formas,
nos perdemos no brilho das ilusões,
ó Jesus, mestre do caminho da luz,
e concentramos as maiores energias,
em sobejas preocupações materiais,
ou buscas de acumulação econômica,
e nós nos esquecemos dos perigos,
de tomar os necessários cuidados,
perante o fermento dos fariseus
bem como o fermento de Herodes.

Com o fermento dos fariseus,
a religião perder o caráter libertador,
e se transforma em jogos de poder,
rede de intrigas e manipulações,
com privilégios para seus líderes,
que se julgam mais sábios e puros,
e com pesado fardo de obrigações,
para purificar o povo mais simples,
considerado impuro, infiel e pecador.

Com o fermento de Herodes,
a política perde a finalidade coletiva,
de guardiã da dignidade do povo,
garantidora dos direitos de todos,
dos mais pobres e dos vulneráveis,
e a transforma em um poder tirânico,
estrutura legitimadora de privilégios,
para castas e classes dominantes,
e de exploração do povo mais pobre.

Dá-nos o dom de teu discernimento,
da lucidez diante do reinado de Deus,
e a experiência do Amor do Pai celestial,
que nos reúne na mesa da irmandade,
e que os desafia a caminhar juntos,
pois, não deveria haver entre nós,
religião e política manipuladas,
fontes de dominação e exploração.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 18 de fevereiro de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 8, 14-21).

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta