Às vezes eu me percebo como o filho pródigo,
oh Profeta da misericórdia divina,
compulsivo, imoderado, imprudente, pecador,
e somente quando me pesam as consequências
caio em mim e tomo consciência do que eu fiz,
e experimento a maravilha da graça do seu perdão.
Às vezes eu me percebo como o filho mais velho,
oh Mestre do Caminho da Salvação,
arrogante, soberbo, vaidoso, ciumento, pecador,
e sou implacável no julgamento de meus irmãos,
e penso, muitas vezes, que Deus é tão injusto comigo,
e experimento a maravilha de seu amor paciente por mim.
A atitude do Pai misericordioso, solícito e amoroso,
oh Profeta da soberania do amor de Deus,
me interpela, me provoca e questiona intensamente
a minha apequenada compreensão da justiça divina,
e diante da luz do Projeto salvífico universal de Deus
eu sou chamado a fazer profunda revisão de ótica,
e, a partir da experiência do amor do Abba querido,
acolher o dinamismo atuante e libertador do Reino
da justiça, da misericórdia e da fratersororidade!
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 27 de março de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 15, 11-32).
Obrigado pela beleza de seus “versorações”, hermano! Fratern’abraço!
Obrigado, Washington, estimado irmão do Caminho, por este retorno carinhoso.
Gratidão por tão bela reflexão que nos coloca em cheque. Vale sempre o questionamento.
Obrigado, Maria Aparecida, por enriquecer o nosso blog com seu retorno carinhoso. Tudo de bom.