No Reino, a justiça divina não falha,
oh Profeta do Reino da Justiça,
e na tua talhante e incisiva parábola
do pobre Lázaro e daquele rico epulão,
como no Magnificat de tua mãe Maria,
os critérios do Reino são todos aclarados:
o abismo entre ricos e pobres é diabólico,
e para participar da comunhão divina,
é preciso que, em vida, se aprenda a amar
e a partilhar a mesa com fratersororidade.
Nossa sociedade é tão injusta e desumana,
oh Profeta do Reino da Fratersororidade,
não construímos a cultura do Bem Viver,
não concretizamos a mesa da irmandade,
não superamos as desigualdades sociais,
não banimos as mentalidades de exclusão,
não eliminamos os métodos de exploração,
não abolimos os mecanismos de opressão:
e continuamos com a lógica de crucificar
os ousam questionar o sistema dominante.
Que os teus discípulos e discípulas hoje,
oh Mestre do Caminho da Salvação,
sejam pedras vivas de uma Igreja sinodal,
presente nas lutas por justiça integral,
– econômica, sociopolítica e ambiental –
pois, tu vieste para que todos tenham vida.
Que eles testemunhem, de forma coerente,
a presença libertadora atuante do Reino,
a mesa da irmandade e da igual dignidade,
e a Vida Nova em comunidades de fé e partilha de vida.
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