No desafio de aprendermos a conviver

No desafio de aprendermos a conviver,
e lidarmos com os conflitos da caminhada,
tu nos ensinas a cultivar o espírito do Reino,
pois, este explicita a nossa corresponsabilidade,
no cuidar cotidiano da grande mesa da irmandade.
 
Sim, no desafio de aprendermos a conviver,
com muita lucidez, devemos ter sempre presente,
a complexa condição humana de ser ambivalente,
ela exige de todos o cultivo da paciência e do perdão,
do respeito mútuo, da aproximação e da escuta dialógica.
 
Nas situações difíceis e de conflito entre irmãos,
cultivemos a certeza da presença amorosa Deus entre nós, 
e quando um de nós se sentir muito ofendido ou prejudicado,
com discrição e sem ódio no coracão, que procure o seu irmão,
para buscarem juntos a melhor solução para tal querela. 
 
E se com este proceder a questão não se resolver,
que não se desista de primeira, mas tente outra vez, 
que ninguém se esqueça nunca que o outro é seu irmão,
então, que procure um ou mais companheiros lúcidos,
com sensibilidade, maturidade e sabedoria, para os ajudar.
 
E se nem assim, chegarem a uma boa solução,
que não se desista, porque, apesar da gravidade,
que se tenha presente que o outro é sempre um irmão,
então, que procure envolver a liderança de sua Igreja,
e, como comunidade de fé, busquem outra vez a solução.
 
Depois de tudo isso, se a pendência continuar,
com a serenidade de quem fez tudo que era possível, 
sem guardar mágoa, rancor ou ódio contra seu irmão,
este não precisa continuar a conviver com este irmão, 
coloque confiante esta grave situação nas mãos de Deus,
e continue, com fé e firmeza, a seguir no caminho de Jesus.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 14 de agosto de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mt 18, 15-20).

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