Nirlene Defaveri,
este é o seu nome,
foi esta nobre mulher,
quem me gerou,
quem me pariu,
quem me lançou,
na aventura da vida,
ao me ensinar a ler e escrever.
Eu não nasci em hospital,
nasci em espaço sagrado,
Escola Estadual Emílio Soares,
na bela cidade de Tombos.
Meus primeiros passos
foram em boa companhia,
Suzana e Marcelo me seduziam,
com o seu cachorrinho Jujuba,
e a cada lição que aprendia,
coletivamente compartilhada,
nosso foguetinho ia subindo,
e, acreditem, no ano de 1975,
com muito prazer e alegria,
cheguei, fui até a lua:
aprendi a ler e escrever!
Dali em diante, meu Deus,
havia mil possibilidades,
ninguém podia me segurar,
pois a cada livro que eu lia,
eu me tecia, me esculpia,
crescia, me desbordava,
aprendia, me libertava.
Por este singelo poema,
com gratidão oceânica,
hoje quero homenagear,
educadores e educadoras,
que como Nirlene Defaveri,
engendram pessoas novas,
pelo ato mais revolucionário:
a magia de ensinar a ler e escrever!
Edward Guimarães,
Belo Horizonte, 03 de março de 2024.
Dona Nirlene Defaveri (07/07/1936-11/11/2023) foi minha professora na Primeira Série do Ensino Primário, hoje 2° ano do Ensino Fundamental I, na Escola Estadual Emílio Soares, no ano de 1975, quando estava com 6 para 7 anos.
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