Sempre me pergunto,
ó Zaqueu transformado,
o que tu procuravas,
naquele entardecer,
ao tentar ver de perto,
o profeta da Galileia,
Filho de Maria e José,
carpinteiro de Nazaré.
Tu buscaste aproximar,
mas sem ter sucesso,
em tua primeira tentativa,
e tu não desanimaste.
Com criativo esperançar,
tu subiste numa figueira,
no caminho logo a frente,
por onde Jesus passaria.
E eu fico a imaginar,
tua experiência profunda,
ao ser olhado daquele jeito,
com misericórdia infinita,
pelos olhos do Filho querido,
o enviado do Deus de amor,
e a tua oceânica alegria,
em tua casa, ao recebê-lo.
Tu não tiveste dúvida,
diante da porta aberta,
e entraste com firmeza,
no caminho de Jesus,
e assumiste para valer
a centralidade do amar:
metade do que tu tinhas,
distribuíste aos pobres,
e com a outra metade,
restituíste com fartura
a todos que tu lesaste.
Que a Luz da Salvação
penetre assim também
em nossas casas hoje,
pois o Filho do Homem,
veio procurar e salvar,
a quem está perdido.
Que ao trilhar o caminho,
nós amemos a Luz divina,
com tua abertura de coração,
e esta firmeza de conversão.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 19 de novembro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 19, 1-10).
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