
Não nos basta saber,
e nem mesmo reconhecer,
que tu vieste da parte de Deus,
ó mestre Jesus, enviado do Pai,
e tantas vezes rejeitado por nós.
Tal saber e reconhecimento
não nos compromete,
não impede o medo
que nos paralisa ou faz fugir,
não converte o nosso coração,
não nos faz seres humanizados,
não nos liberta
para o amar-cuidar-servir,
não nos faz mais coerentes
com o amor de nosso Pai,
nem garante o seu reinado
em nós e entre nós.
No entanto, tu nos deixas
a tua fidelidade até a cruz,
tu nos revelas o caminho
de tua experiência de fé,
e de tua fonte de firmeza:
tu não estavas sozinho,
tu não se sentia só,
pois, o Pai celestial
se fazia tão próximo,
se deixava experimentar.
E Ele está sempre contigo,
como, em todos os dias,
tu estás conosco também.
No desejo de te seguir,
confiantes te pedimos,
Mestre do Caminho
que nos leva ao Pai:
dá-nos os dons de tua fé,
de tua lucidez e coragem,
para trilharmos firmes,
o íngreme e árduo caminho,
até o aguardado encontro final
na plenitude do Reino celestial.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 02 de junho de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 16, 29-33):
29 Os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras.
30 Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”.
31 Jesus respondeu: “Credes agora?
32 Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só o Pai está comigo.
33 Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!”
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