Não enterrar os talentos recebidos

A tua pedagogia é tão envolvente e provocante,
oh Mestre dos caminhos do Deus da vida,
que interpela a teus discípulos e discípulas:
a incluir critérios éticos no discernimento diário,
a acolher o dinamismo libertador do Reino presente,
a cultivar no dia a dia a centralidade do amar e servir.

Tu nos ensinas a cultivar intimidade diária,
com o teu e igualmente nosso Abba querido,
pois, Ele é fonte inesgotável de coragem e lucidez,
um impulso vital para a bondade e para a partilha,
para a decisão de assumirmos, com fidelidade profética,
a via íngreme e exigente da justiça e da mesa da irmandade.

No projeto libertador de teu Abba querido,
que se revela em tuas ações e ensinamentos,
nós somos todos, de algum modo, agraciados,
e é erro grave enterrarmos os talentos recebidos,
somos chamados a trabalhá-los e a multiplicá-los,
colocando-os a serviço do dinamismo libertador do Reino.

Que maravilha haver discípulos e discípulas,
oh Profeta da presença amorosa de Deus,
que foram servos bons e fieis em tua Igreja:
trabalharam com destreza os talentos recebidos,
colocando-os a serviço do crescimento do Reino,
Reino de justiça, de partilha e de fratersororidade.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 27 de agosto de 2022.
Poema provocado pelo Evangelho (Mateus 25, 14-30).
Fotos: Dom Helder Câmara, dom Luciano Mendes e dom José Maria, três servos bons e fieis à profecia do Reino de Deus.

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