Muito obrigado, Francisco

Muito obrigado, Francisco,
por teu testemunho eco-humanista,
e por teus fecundos 12 anos,
como Papa da Igreja católica,
sucessor de Pedro,
e bispo de Roma.
Tu foste reconhecido, amado,
e muito bem avaliado,
por grande parte dos cristãos católicos,
por muitos cristãos não católicos,
por inúmeros não cristãos,
por diversos não religiosos,
e, inclusive, por vários ateus:
por tua coerência evangélica,
por tua defesa da dignidade da vida,
por tua simplicidade e proximidade,
por tua postura ecumênica,
e de escuta dialógica,
por concretizar o pastor
com cheiro de ovelhas.

Por tudo isso, Francisco,
tu serás sempre lembrado…

Como o Papa,
que se aproximava,
e que tocava o coração,
pois acolhia as pessoas,
e as escutava sem julgar,
homem de sorriso fácil,
de abraço afetuoso,
e, como o teu mestre Jesus,
profético contra a hipocrisia,
a prepotência e a arrogância,
mas com um imenso coração,
terno e misericordioso.

Como o Francisco,
das fronteiras,
defensor da vida,
amigo dos pobres,
dos excluídos,
dos imigrantes,
dos presidiários,
dos doentes,
dos sofredores,
das crianças,
das pastorais sociais,
dos movimentos populares.

Como o Francisco,
profeticamente crítico,
do cristianismo clericalista,
da acumulação capitalista,
da desigualdade perversa,
da economia que mata,
da necropolítica sem ética,
do mercado absolutizado,
do consumismo irresponsável,
da globalização da indiferença.

Como o Francisco,
defensor incansável,
de um Cristianismo acolhedor,
fiel ao caminho de Jesus,
dialógico e comprometido,
com a defesa da vida,
com o cuidado da Casa comum,
com o Evangelho da justiça
e da misericórdia divina.
Da Igreja em saída
para as periferias,
pobre e para os pobres,
hospital de campanha,
de portas sempre abertas,
e com criativa dinâmica sinodal,
participativa e corresponsável.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 23 de abril de 2025.
Poema brotado da fé na ressurreição do Papa Francisco.

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