Hoje, como tu Gabriel, contemplo a beleza imaculada de Maria

Desconcertado, eu sempre quis entender:
diga-me Gabriel, anjo enviado de Deus,
que foste fazer naquela periferia distante,
na pequenina vila de Nazaré da Galileia?

Que missão assim tão importante foi aquela:
encontrar-se, sem ufanias, discretamente,
com Maria, pobre mulher desconhecida,
e já prometida em casamento a José?

Eu precisei de muitas luas para entender,
e me tornar discípulo do Filho do carpinteiro,
sim, seguir aquele Menino pobre e sem lugar,
nascido do ventre imaculado de Maria de Nazaré.

Ah estimado e querido anjo Gabriel, agora eu sei,
e eu posso entender e saborear as tuas palavras:
“Alegra-te, Maria, oh mulher cheia de graça!”,
“Deus está contigo, Maria, não tenhas medo!”.

Hoje, como tu, anjo Gabriel, eu posso contemplar
a beleza de Maria, discípula perfeita de Jesus:
“Eis aqui a tua serva fiel, oh Abba tão querido!”
“Eu quero que se faça em mim a tua vontade!”.

E hoje, com sentimento de amor filial, a ela me dirijo:
Ensina-me, Maria, a encontrar graça aos olhos de Deus,
a ser, com tu, um discípulo fiel de teu Filho Jesus,
a irradiar, em atitudes, a presença do Abba querido,
e, acolhendo a luz e a força da divina Ruah, cultivar
aquela tua presteza de vencer montanhas para ajudar.

Belo Horizonte, 08 de dezembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 1, 26-38).

3 Comentários

  1. Abençoada e vigorosa “provocação”, as que você tem tido e partilhado, herman’amigo! Abraço. Paz e Bem!

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