Depois da leitura do relato,
desta tua Páscoa singular,
na qual perdeste teu menino,
eu me pus, então, a meditar,
ó santíssima Virgem Maria,
mãezinha do meu coração,
sobre teu grande sofrimento,
juntamente com meu são José,
naquela incansável procura:
onde teu Jesus poderia estar?
E o buscaram em todo lugar,
e perguntaram daqui e acolá,
mas nada de o encontrarem,
não havia sinal de teu Jesus,
onde o menino poderia estar?
Deus do Céu, Soberano Criador,
nesta angústia te clamamos,
olhai nosso coração sangrando,
e ajudai-nos nesta hora de dor,
nesta infinda busca por Jesus.
E foi somente três dias depois,
que o encontraram no Templo,
entre levitas e doutores da Lei,
como se ali ele já antecipasse
a sabedoria que veio proclamar:
que Deus é nosso Abba querido,
com um grande projeto salvífico,
o Reino de Deus está entre nós,
sim, o seu dinamismo libertador,
já está presente, atuante entre nós.
“Graças ao bom Deus, tu estás bem,
eu e teu pai estávamos, meu Filho,
aflitos e angustiados, à tua procura,
por que tu agiste assim conosco?”
“Por que, Mãe, me procuravam tanto?
Não sabiam que eu estava a cuidar,
da missão que recebi de meu Pai?”
Diante deste insondável Mistério,
contido na resposta de teu Jesus,
guardavas dentro de teu coração.
Ó Divina Virgem Mãe celestial,
quando a realidade nos ultrapassar,
e o insondável Mistério divino nos tomar,
ensina-nos a fazer como tu fizeste,
guardar dentro de nosso coração!
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 08 de junho de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 2, 42-51).
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