Eu quero a tua Paz inquieta

Na ânsia de servir, ajudar e trabalhar,
tantas vezes eu perco o equilíbrio.
Sinto que o corre-corre do cotidiano,
ainda que necessário na busca de viver,
suga-me as energias, sinto-me sem forças.
Fico sem tempo livre para a tua escuta,
para lidar com a família, curtir meus amigos.
Corto, então, no descanso, no discernimento.

Senhor,
eu sou Marta e eu sou Maria
Até quando, seguirei nessa labuta?
Quando poderei sentar-me a beira do poço?
Como concretizar a ação contemplativa?
Dai-me, Senhor Jesus,
aquele dom precioso de tua Paz inquieta,
que nos faz criativos no amar e no servir
e que, no dinamismo do teu Reino,
não nos deixa em paz!

No desejo de saciar minhas sedes,
tantas vezes eu perco o equilíbrio.
Entrego-me ao prazer da tua escuta,
e com o coração repleto de alegria,
paro de pensar nos tantos afazeres.
É tão bom ficar ali na tua intimidade,
que mesmo ciente das necessidades,
às vezes, confesso, deixo de ajudar.

Senhor,
eu sou Marta e eu sou Maria
Até quando, ficarei nessa quietude?
Quando meu amar se fará serviço?
Como ser contemplativos na ação?
Dai-me, Senhor Jesus,
aquele dom precioso de tua Paz inquieta,
que nos faz criativos no amar e no servir
e que, no dinamismo do Reino,
não nos deixa em paz!

Belo Horizonte, 05 de outubro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 10, 28-42).

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