
Nenhum espírito nasce dominado pelo mal,
mas, muitas vezes, sem nos darmos conta,
nosso espírito, de natureza divina, se perde,
se corrompe diante das tentações do mal,
pode perder a sua identidade e liberdade,
e, assim, se enfraquece e pode ser possuído.
Nós podemos reconhecer os maus espíritos,
na vida em sociedade e até na religião,
pois, desejam sempre dominar e submeter.
Um mau espírito sabe quem tu és,
Jesus, enviado do Pai para nos libertar,
e ele sabe de tua missão entre nós,
a de revelar-nos o caminho da luz,
luz que nos liberta para amar e servir,
na grande mesa da irmandade.
Trilhar a via da justiça e do amor,
nos liberta do egoísmo insano,
e da ânsia diabólica de dominar.
Mas para trilharmos juntos,
teu íngreme caminho da luz,
não nos basta admirarmos,
tua sabedoria que vem do alto,
não nos basta, do mesmo modo,
sabermos quem tu és e de tua missão,
e nem ficarmos repletos de espanto,
por tua autoridade que nos liberta do mal.
É preciso abertura do coração,
para acolher o Evangelho do Pai,
graça que nos torna filhos amados,
que nos irmana uns com os outros,
e nos compromete com a vida nova.
Isso exige de nós conversão a Deus,
e acreditar, pra valer e com firmeza,
que o dinamismo do reinado de Deus,
a luz e a força divinas que nos libertam,
estão presente e atuam no meio de nós.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 1, 21b-28).
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