
Desde o começo de tua missão,
nela envolveste teus discípulos.
Depois de caminhar com eles,
de anunciar e de testemunhar
a beleza do Evangelho do amor,
e do Reino da justiça e da paz,
os enviaste também em missão,
para que fizessem o anúncio
da Boa Nova a toda criatura.
Um ponto importante e decisivo,
é que os discípulos e discípulas,
compreendam e aprofundem
o conteúdo libertador da Boa Nova.
Como outrora tu mesmo fizeste,
ao longo da região da Galileia,
é preciso interpretá-lo e traduzi-lo,
para o contexto que irá receber
o anúncio-testemunho do Reino.
Outro ponto igualmente decisivo,
é o sentido de crer e ser salvo,
ou de não crer e ser condenado.
Não permitas, Profeta do Reino,
que nós continuemos a confundir,
a tua Igreja com o Reino de Deus,
e concluirmos, apressadamente,
que quem não aceita o convite
de se tornar discípulo ou discípula,
ser batizado, ser membro da Igreja,
já está condenado no juízo final.
O Evangelho é sempre boa notícia,
não é ameaça ou fonte de medo.
Crer e acolher esta Boa Notícia,
de que somos amados por Deus,
e amados como seus filhos e filhas,
é, sim, uma experiência de amor,
amor que exige mudança de vida,
conversão à mesa da irmandade,
e ao desafio de vivermos juntos,
no cultivo do amar, cuidar e servir.
Ensina-nos, Mestre do caminho,
a fazer um anúncio convincente,
e concretamente testemunhado,
por sinais que dêem credibilidade,
à esta proposta de vida Nova:
que o mal esteja sendo combatido
e retirado da vida do teu povo;
que os doentes e os sofredores
estejam sendo cuidados e curados;
que a comunicação e o entendimento,
fluam entre teus discípulos e discípulas.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 25 de janeiro de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 16, 15-18).
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