Em nosso discernir cotidiano

É triste nos depararmos
com irmãos ou irmãs,
que não se implicam,
nem se comprometem,
com as palavras ditas,
que saem de suas bocas,
e que não pautam o agir,
pela busca da verdade.
Então recordamos aqui
a beleza de tua profecia,
a da vinda da Ruah divina:
e conhecereis a verdade, 
e a verdade vos libertará!
 
É tão triste reconhecermos
ó Profeta fiel até a cruz,
que há irmãos e irmãs,
que parecem não se dar conta,
de suas posturas hipócritas,
e que se mostram vulneráveis,
pois, são capazes de inventar, 
de mentir e de até caluniar,
de se valer de recursos ilícitos,
para alcançar seus objetivos,
para proteger seus interesses.
 
São capazes de dizer:
Mestre, nós sabemos 
que tu és verdadeiro,
não fazes acepção de pessoas,
nem olhas as aparências,
mas ensinas, com verdade, 
os caminhos do Senhor.
Não pensam assim de ti,
na verdade, eles escondem, 
os seus reais e vis interesses.
Eles visam, ao contrário,
armar-te alguma cilada,
ou induzir-te ao erro.
Não pautam seu agir, 
pela baliza da verdade.
 
É lícito pagarmos ou não
impostos ao imperador?
Mas tu não desistes nunca,
e continua, com fidelidade,
o teu caminho libertador:
Entregas, pois,  a César,
o que pertence a César,
mas entregas tu a Deus,
o que pertence a Deus”.
 
Dá-nos, Senhor Jesus,
o teu Sopro de Amor,
para termos conosco:
a tua luz e força criativa,
a tua sabedoria e fidelidade, 
em nosso discernir cotidiano,
do caminho por onde seguir,
sempre balizados pela verdade
e pelos critérios do Reino.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 04 de junho de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 12, 13-17).

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