Aquela presença tão firme,
das três Marias ao pé da cruz,
ó Jesus, Mestre e Profeta fiel,
mulheres fortes e resilientes,
mulheres fiéis a ti até o fim,
mais que aqui nos consolar,
esta firmeza nos interpela,
e nos chama à conversão,
a uma revisão de postura,
e de nossa visão patriarcal.
Dá-nos estes dons preciosos,
coragem, resistência e fé,
pra que também nos tornemos
teus discípulos e discípulas fiéis.
Este teu olhar tão singular,
lançado do alto da cruz,
com tua Palavra de vida,
dirigida à tua Mãe Maria,
que é nossa Mãe também,
e para teu discípulo João,
os confirmaram e encorajaram,
nos desafios e lidas da missão.
Nós te pedimos confiantes,
o teu olhar e Palavra viva,
para que Tu nos confirmes,
no teu chamado à missão.
A agonia e tua dor na cruz
não tiveram qualquer poder
de lhe destruir por dentro,
a tua consciência de vida,
e da tua fidelidade ao Pai.
O que despertou foi tua sede,
e não foi mera sede de água,
mas daquele teu mergulho,
da tua entrega do espírito,
na comunhão com o Abba.
Foi de onde Tu vieste a nós,
para nos entregar o convite,
para nos revelar teu Caminho,
e nos enviar teu Sopro de Amor,
para participarmos contigo,
desta tua plenitude de Amor.
De tua morte insana e cruenta,
o que jorrou foi água e sangue,
a água na qual nos batizamos,
que nos enraíza em tua vida,
para o testemunho do Reino;
sangue de profeta derramado,
por firmeza e por fidelidade,
que nos compromete e envia,
na tua missão do Evangelho.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 20 de maio de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 19, 25-37),
na Festa de Pentecostes, a vinda do Espírito de Amor.
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