E na plenitude do silêncio

Amanheci em terreno fértil,
e na plenitude do silêncio,
me pus a pensar e saborear,
o quão precioso tu és,
ó Silêncio libertador,
companheiro diário,
atuante em meu ser,
impulso pro bem-viver.

Quando eu me silencio
consigo Te perceber:
no ar que respiro,
na água que bebo,
no pulsar do coração,
tua Presença fecunda,
taciturna, calma, discreta…
Sopro de amor a me sustentar.

Na tua presença discreta,
quando eu me silencio,
consigo bem discernir:
os bons sentimentos,
o pensamento sábio,
a palavra geradora,
a postura adequada,
a ação libertadora.

Com ternura e vigor,
alegria e gratidão,
no dom de tua paz inquieta,
que me faz criativo,
pro amar, cuidar, servir,
eu mergulho em Ti,
ó Emanuel libertador,
sempre estradeiro comigo.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 23 de outubro de 2024.

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