Um pode ser discernido da tua fé no Abba,
oh Profeta do Reino da Vida Nova,
e no caminho que Tu testemunhaste
e trilhaste com teus discípulos e discípulas,
outro pode ser percebido, claramente,
na mentalidade, nas posturas e juízos,
dos discípulos de João e dos fariseus.
Um está na forma de concebê-la,
oh Mestre do Caminho,
como religião da liberdade
e da adesão a exigências interiores,
o outro está no jeito de vivenciá-la,
como religião da obrigação
e do cumprimento de deveres:
por fora, podem até ser parecidos,
mas, por dentro, são muito desiguais.
Um suscita a adesão do coração,
e é vivida na intimidade do amor,
o outro visa o cumprimento da lei,
e é medida por fidelidade a preceitos.
Um desperta a liberdade interior,
diante de Deus e dos irmãos e irmãs,
o outro cria uma dependência exterior,
por isso tende a levar a hipocrisia religiosa.
Um liberta para o seguimento fecundo,
pois, delineia uma religião sempre aberta,
que implica contínuo discernimento dos sinais,
e a adesão diária ao dinamismo do amar e servir.
O outro escraviza para um seguimento cego,
apresenta uma religião fechada em si mesma,
com leis, deveres e obrigações estabelecidas,
com adesão a tradições prontas e definidas.
Que a mentalidade de teus discípulos e discípulas,
e a proposta testemunhada e anunciada por tua Igreja hoje,
suscite a religião da conversão livre e não a da mera obrigação,
que a vida cristã desperte sujeitos de fé adulta e comprometida,
sem moralismos e as hipocrisias que escravizam e impedem a Vida Nova.
Impossível a gente não se sentir conduzido a uma oração que expressa a vida, uma vida que se torna oração que supera cumprimentos de regras e execução de ritos tão-somente! Obrigado, hermano!
Obrigado, Washington, seus comentários me confirmam na caminhada de fé e seguimento de Jesus.