Até quando, Senhor Jesus,
os poderosos deste mundo,
terão esse maligno poder tirânico,
e ignorarão, impunes, nossa dignidade?
Até quando utilizarão, incólumes,
esse diabólico poder das armas,
para intimidar as testemunhas,
para calar a voz de nossos profetas,
e derramar o seu sangue sagrado?
Até quando ignóbeis “herodes”
continuarão a banalizar desse jeito
a dignidade das vidas humanas,
ao arrepio da lei divina e humana,
de todo e qualquer bom senso,
e de nossos direitos fundamentais?
Continuarão a fincar novas cruzes,
oh Profeta preso e torturado,
e assassinado numa cruz,
que foi ressuscitado pelo Pai,
o Goel dos pobres e oprimidos,
o Deus Emanuel conosco estradeiro,
e sempre presente na caminhada?
Já não basta, Senhor Jesus,
esta tão cruenta realidade,
de tantas vidas tombadas,
e ceifadas antes do tempo,
de tanto sangue derramado,
a fecundar as nossas entranhas,
e o solo sagrado deste chão?
Até quando?
Até quando?
Até quando, Meus Deus?
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 30 de julho de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mateus 14, 1-12).
Foto: Dom Phillips e Bruno Pereira.
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