Ah se pudéssemos entender…

Quando eu contemplo…
o casal no Templo, Zacarias e Isabel,
e o divino Mistério ali tão presente,
ainda de forma oculta naquela criança,
que pela fé e profunda experiência de Deus,
recebeu de seus pais o nome de João,
nome que significa “Deus é bom!”

Ah se pudéssemos entender…
aquele Mistério ali presente na criança,
que só nos foi revelado no tempo futuro,
na vida do grande Profeta do deserto…
Tenho vontade de gritar para cada um:
– É tempo de graça, é dia de conversão!

Quando eu contemplo…
o casal pobre de Nazaré, José e Maria,
e o Mistério divino que esta família abrigava,
ainda de forma oculta naquele frágil menino,
que pela fé e profunda experiência de Deus,
recebeu de seus pais o nome de Jesus,
nome que significa “Deus salva!”

Ah se pudéssemos entender…
aquele Mistério ali presente no menino,
que só nos foi revelado no tempo futuro,
na vida do grande Profeta da Galileia…
Tenho vontade de gritar para cada um:
– É tempo de graça, é dia de conversão!

Ah se pudéssemos entender…
quão importante é contemplar,
com os olhos da fé e da esperança
e da experiência profunda de Deus,
cada criança que nasce entre nós
e em cada natal renovarmos a aliança,
e o compromisso de do bem delas cuidar:
para que cresçam com saúde, amor e alegria,
para que se eduquem para a convivência e a justiça,
e para que desenvolvam os talentos recebidos,
isso porquê o divino Mistério que carregam
a nós, só se revelará no tempo futuro,
mas que estejamos muito conscientes
de que o futuro de nossas crianças
depende do que fizemos no passado,
e do que fazemos neste tempo presente.

Belo Horizonte, 23 de junho de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 1, 57-66.80).
Foto: Lixão do município de Pinheiro, cerca de 333 km de São Luís (MA). O fotógrafo João Paulo Guimarães que fazia fotos para uma reportagem sobre o lixão, registrou Gabriel, uma criança de 12 anos, que ao encontrar uma árvore de Natal, a guardou na sacola.

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