Quando contemplo a nossa vida,
na complexa sociedade plural,
oh Mestre da práxis libertadora,
tenho clareza do que nos escraviza,
do que domina a nossa liberdade.
Tudo está bem ligado com as buscas
de dinheiro, de poder e de prazer.
As nossas fontes de paralisia,
no rico dinamismo de amar e servir,
de compartilhar a vida com os outros,
tem uma relação muito estreita com
o egoísmo, a avareza, a inveja e a gula.
E, ao gerar compulsão por acumulação,
aversão e medo de ser pobre no coração,
destrói a nossa capacidade de partilhar!
A tua vida me revela outra perspectiva,
oh Mestre do Caminho,
a de procurar viver enraizado em ti,
em comunidades de fé e partilha de vida,
na qual cada membro procura cultivar:
a tua liberdade e coragem profética,
a tua fé e fidelidade ao Reino da justiça,
da misericórdia e da fratersororidade,
a tua intimidade com o Abba querido,
o Deus Emanuel estradeiro conosco,
com seu projeto salvífico universal
e que, por seu amor, nos irmana a todos.
Que o testemunho de “caminhar junto”,
de teus muitos discípulos e discípulas,
seja fonte de cura e libertação das paralisias
no dinamismo da vida nesta sociedade plural.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 2, 1-12).
Foto: Registro da votação das diretrizes da ação evangelizadora,
na VI Assembleia do Povo de Deus da Arquidiocese de de Belo Horizonte.
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