“- A quem procurais?
– A Jesus, o nazareno
– Sou eu!”
A tua postura, Senhor, na tua prisão revela,
oh Profeta traído, negado e encarcerado,
a beleza de tua liberdade libertada para amar e servir,
ela interpela sobre o teor de minha entrega ao Reino,
e ela me questiona sobre os limites de minha fidelidade.
“- A quem procurais?
– A Jesus, o nazareno
– Já vos disse sou eu!”
A postura de Simão Pedro com a espada revela,
oh Profeta preso e vítima de julgamento iníquo,
a importância de sermos fermento da Vida Nova,
ela questiona a legitimidade de certo uso da violência,
mas Tu manifestas a paz dos libertados para amar e servir.
“- Não pertences também tu aos discípulos desse homem? – Não
– Não é tu, também, um dos discípulos dele? – Não!
– Será que não te vi no jardim com ele? – Não!”
A tua postura, Senhor, diante da tripla negação de Pedro revela
oh Profeta condenado, torturado e ridicularizado,
a força libertadora que emerge da infinita misericórdia divina,
que a exclusão ou vingança contra quem erra não liberta,
pois, só a justiça e a misericórdia abrem caminhos de libertação.
“Eu nasci e vim ao mundo para isto:
para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.”
Que teus discípulos e discípulas cultivem tua liberdade libertada,
ante os poderosos desse mundo e as perseguições aos profetas,
que assim como Tu foste livre para testemunhar o Reino,
que a tua Igreja dê testemunho da verdade e da justiça,
neste contexto de fakenews e de cultura da indiferença social.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 15 de abril de 2022
Poema provocado pelo Evangelho (João 18, 1-40).
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