A tua humanidade revelou-nos a tua divindade

Em tua vida na vila de Nazaré da Galileia,
Tu desenvolveste profunda humanização,
intensa sensibilidade para com o próximo,
empatia, olhar singular e ternura solícita,
com as crianças, os doentes e os idosos,
com os pobres, os famintos e os sofredores.

Tudo isso, tão presente, em teu jeito de ser,
oh Profeta da presença amorosa do Abba,
explica o fascínio que a tua pessoa exercia,
mostra a tua face demasiadamente humana,
como também a tua realidade transcendente:
a tua humanidade revelou-nos a tua divindade.

A tua encantadora ternura com as crianças,
revela, de certa forma, o Mistério do Reino,
pois, o Reino pertence aos que são como elas:
confiantes, espontâneas, entusiasmadas, generosas,
e quem não receber o Reino de Deus como elas,
não poderá entrar nele, sem profunda conversão.

Que teus discípulos e discípulas fiquem atentos,
cultivem um coração de criança inquieto e criativo,
e que a tua Igreja desenvolva a tua ternura solícita,
tanto entre os seus membros quanto na sociedade,
que seja ardente defensora dos direitos das crianças,
e que ela lute por políticas públicas para a família.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 26 de fevereiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 10, 13-16).

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