Os poderosos deste mundo,
sem compromisso com a justiça,
com a defesa da vida dos pobres,
os que declaram subversivos e perigosos,
os questionadores da ordem injusta,
querem questionar a tua autoridade
de profeta do Reino de Deus.
Mas a tua autoridade,
oh Profeta da periferia,
não vem do poder do Templo,
nem da força impositiva das armas,
nem da violência dos poderes políticos,
nem da potência dos poderes econômicos.
O que tu levas contigo,
oh Profeta da Galileia?
Tens apenas a força da fé
no teu e nosso Abba querido,
o dinamismo do Reino já presente,
a liberdade libertada de todo medo,
a coragem profética de acolher, amar e servir.
Quem legitima a tua autoridade,
oh Profeta do Reino da justiça,
da fraternidade e da paz?
São os que te acolhem:
os pobres que só temem a Deus,
os impuros e excluídos da mesa,
os explorados do sistema dominante,
os famintos e sedentos de amor,
os insatisfeitos com as estruturas,
sociopolíticas e religiosas,
deste mundo injusto e desigual,
os que desejam vida nova,
justiça, misericórdia e paz.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 13 de dezembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mateus 21, 23-27).
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